Quesia Pacheco, 33 anos, estudante de Roteiro 3, da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, que foi selecionada pelos curtas “Olhares” – Categoria Curta Negro, no Festival Cine Tamoio, em São Gonçalo; e “A Jornada”, filme afrofuturista, venceu como melhor figurino pelo último título, que também teve direção de figurino da Marah Silva, do Ateliê Cretismo. Quesia fez direção de arte e roteiro e produção de figurino em “A Jornada”.
A roteirista, que também atua como diretora, também participou da Mostra Teresa de Benguela – um espaço de discussão e uma rede de intercâmbio entre cineastas, pesquisadoras, ativistas e estudantes negras dedicadas à discussão da representação da mulher negra na mídia e no audiovisual brasileiro.
O evento ocorreu na Universidade Federal do Espírito Santo, e Quesia participou de um Lab de narrativas negras que foi conduzido Camila Moraes, diretora do documentário Caso do Homem Errado. Segundo Quesia, “foi uma troca de experiências, narrativas da além da jornada do herói, principalmente narrativas feministas e negras”.
Quesia milita no movimento negro desde 2004, quando ingressou na UERJ como estudante de Filosofia, e por 5 anos deu aula na rede estadual de ensino.
Novos Projetos
“Tenho intenção de aprofundar a pesquisa sobre narrativas afrofuturistas, cujo conceito principal reside num protagonismo NEGRO resignificando seu passado e ampliando possibilidades futuras, revelou Quesia.
Seu próximo projeto é um documentário sobre a UERj, desde sua criação até o momento atual em que está em jogo o desmonte de um espaço de inclusão. A Ideia é refletir ate que ponto o sucateamento da universidade é um projeto político intencional para servir apenas a uma elite.
* Foto de Cristiano Espírito Santo.