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João Moreira Salles, Jurandir Freire Costa e Padre Ricardo Rezende Figueira em Debateram sobre o Doc “Santa Cruz”, na Escola de Cinema Darcy Ribeiro

“Por que as seitas evangélicas, tão restritivas em suas proibições ao álcool, à participação no Carnaval e até a assistir jogos de futebol, têm tanto apelo junto à população que não tem nada, os pobres?”, a partir desta pergunta o cineasta João Moreira Salles e o jornalista Marcos Sá Corrêa desenvolveram a ideia do documentário Santa Cruz, que acompanhou, durante oito meses, o nascimento de uma minúscula igreja evangélica em uma ocupação clandestina do bairro carioca de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade.

Lançado em 2000, o filme volta à tela e ao debate em uma sessão especial, promovida pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro e o Instituto Augusto Boal, com a presença do cineasta João Moreira Salles, do psicanalista Jurandir Freire Costa e do padre e antropólogo Ricardo Rezende Figueira, que conversaram com o público depois da exibição do filme, na Sala Ruy Guerra, na quarta-feira, 13 de junho, 19h30. Grande público compareceu a ao evento, lotando a sala Ruy Guerra.

Santa Cruz, que faz parte da série 6 histórias brasileiras, acompanha a fundação, em janeiro de 1999, da Casa de Oração Jesus é o General, dirigida por um ex-metalúrgico transformado em pastor, e mostra como a multiplicação de templos evangélicos afeta a vida de pessoas nas áreas mais pobres do Rio de Janeiro. Exemplo modesto de um movimento largo e crescente, essa pequena igreja expressa a força da catequese pentecostal. As palavras dos fiéis revelam que as mudanças introduzidas por uma nova e rígida disciplina religiosa servem de proteção contra a desordem da vida cotidiana. “Os carentes de Santa Cruz têm carência de ordem”, sintetizou Marcos Sá Corrêa, na época do lançamento da série.

 

 

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