Faleceu em 14 de maio o diretor, produtor e distribuidor, realizador do clássico O assalto ao trem pagador (1962), Roberto Farias, aos 86 anos. Nascido em 1932, em Nova : (RJ), começou no início dos anos 1950 como assistente de direção da Atlântida e em algumas produções de Watson Macedo. Diretor-presidente da Academia Brasileira de Cinema. Foi diretor geral da Embrafilme em sua fase áurea, entre 1974 e 1978. Entre 1957 e 1960 realizou quatro longas: Rico ri à toa (1957), seu primeiro filme, No mundo da lua (1958), Cidade ameaçada (1959) e Um candango na Belacap (1960). O canal Brasil relembra a trajetória do cineasta, assistea neste link: http://canalbrasil.globo.com/programas/cinejornal/videos/1882092.htm
Em 1964 dirigiu Selva trágica (1964), que teve sucesso de crítica. Com Toda donzela tem um pai que é uma fera (1966) fez um marco das comédias de costume carioca. Ao mesmo tempo que, com Luiz Carlos Barreto, ajudou a fundar a Difilm distribuidora do Cinema Novo, dedicou-se também à sua própria produtora, a R. F. Farias, junto com seu irmão Riva Faria, e à Ipanema Filmes, uma usina de sucessos, como Os paqueras (1968), Roberto Carlos e o diamante cor de rosa (1968) e Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora (1971), todos estes dirigidos pelo próprio Roberto Farias.
Em 1973 realizou com Hector Babenco O fabuloso Fittipaldi. Seja na iniciativa privada ou em cargos públicos, sempre teve como meta a ocupação do mercado brasileiro pelo filme nacional, bem como sua projeção internacional. Sua gestão na Embrafilme e no Concine coincide com o período de maior público do filme nacional em relação ao produto estrangeiro, quando a distribuidora da Embrafilme foi líder do mercado durante três anos seguidos.
Em 1981, dirigiu Pra frente Brasil, primeiro filme a falar explicitamente da tortura na ditadura militar, premiado nos festivais de Berlim e Huelva. Produziu ainda Azyllo muito louco (1968), de Nelson Pereira dos Santos, Os machões(1973) e Barra pesada (1977), ambos de seu irmão Reginaldo Faria, entre outros. Em cinema, seu filme mais recente foi Os trapalhões e o auto da Compadecida(1987). Nos últimos anos tem se dedicado à produção de minisséries e programas para televisão.
Link do filme O assalto ao trem pagador (1962), Roberto Farias: